terça-feira, 22 de março de 2011

O preço da água na Construção

O uso da água na construção civil é tão essencial quanto o do cimento ou da areia. Imagine, por exemplo, fazer a argamassa para assentar os blocos ou revestimentos sem a utilização desse líquido. Impossível. Sem água, fica inviável construir.
Apesar dessa essencialidade, que transforma a utilização da água em algo tão intrínseco no processo de uma obra, as pessoas - as leigas, pelo menos - mal se apercebem de sua importância e muito menos têm noção de como o consumo pode pesar no bolso. Principalmente no das construtoras.
Em grandes ou em pequenas edificações, o custo com esse líquido ainda é considerado elevado. Destaque-se, no entanto, que já foi muito maior. Hoje, soluções alternativas corroboram para evitar desperdícios, garantindo economia.

CONSUMO
"As etapas de serviço de maior consumo são estrutura, revestimento/pavimentação e limpeza das unidades. O setor de maior consumo é a área de vivência - sanitários, refeitório e escritório", descreve o engenheiro. (
"Hoje temos um consumo médio nas obras da Cosil de 120 metros cúbicos ao mês. Algo em torno de R$ 800 mensais. Este número foi maior no passado. Porém, com campanhas educativas nas obras e soluções alternativas, conseguimos redução considerável", garante José Carlos Andrade.
Na ponta do lápis, um empreendimento que precise de dois anos - ou seja 24 meses - para ser erguido, vai consumir 2.880 metros cúbicos, num total de aproximadamente R$ 21.200 ao final da construção. Parece pouco para os níveis de uma empresa de grande porte, mas, em tempos de aquecimento global e escassez de recursos hídricos no planeta, ainda são valores considerados altos.
Na Norcon, uma das construtoras com maior número de edificações em construção no Estado, o consumo médio mensal de água em um empreendimento é de 200 metros cúbicos, bem acima do que projeta a Cosil. Quanto aos gastos, Roberto Barros não especifica valores, porém garante que a água corresponde a 0,16% do custo de construção de um empreendimento.
Num cálculo hipotético, se um empreendimento custasse R$ 20 milhões, a Norcon teria pago R$ 32 mil de fatura de água. Imagine, então, se não fossem formas alternativas de consumo quanto a Companhia de Abastecimento de Água de Sergipe - Deso - não estaria faturando hoje. 

ALTERNATIVAS
As construtoras utilizam poços artesianos e caminhões-pipa, sempre acompanhados de ensaios laboratoriais periódicos, atestando a qualidade quanto às impurezas. Essa água é utilizada na produção de argamassas de assentamento de alvenarias e revestimento de pisos e paredes.
Tais poços, após a conclusão do empreendimento, são deixados para serem utilizados pelos condomínios, ajudando os futuros moradores a também economizarem nos gastos com água.
Além dos poços, há outras soluções. Cada vez mais avançadas, as novas tecnologias apresentam materiais inovadores que aceleram o ritmo da construção, diminuindo, assim, o tempo da obra. Um exemplo? As argamassas colantes para assentamento de pisos e revestimentos cerâmicos que consomem menor quantidade de água.
Os funcionários - destaque-se - também são instrumentos importantes nesse combate. Por isso, as empresas sergipanas realizam palestras periódicas para mostrar a importância da água para o meio ambiente.

Fonte: http://www.cinform.com.br/noticias/2463/O+PRECO+DA+AGUA+NA+CONSTRUCAO.html

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